No sábado, dia 17, um Policial Militar
de Goiânia foi preso por matar um morador de rua e sob suspeita de tráfico de
drogas. Com 38 anos e 20 de corporação, ele já fora indiciado por dois
homicídios contra mendigos, em 2006 e 2008; por uma tentativa de homicídio; pelo
espancamento de uma mulher, também em 2008, e pelo assassinato de William Pereira Nunes.
Mesmo assim, o soldado Rogério Moreira da
Silva, o “Xaropinho”, só chamou realmente a atenção da Corregedoria, quando,
acusado de extorquir mendigos, armado de
uma pistola, e à paisana, resistiu à abordagem de seus colegas de farda.
Nos últimos meses, como ocorreu em 24 de
outubro, com Aucinéia da Silva, de 34 anos, em Contagem, Minas Gerais, moradores
de rua têm sido assassinados, por
espancamento, por fogo e à bala, em todo o Brasil, como se a questão social
pudesse ser resolvida pelo extermínio dos miseráveis.
Os nazistas, tecnicamente melhor
organizados, começaram sua tentativa de
“limpar o mundo”, justamente pelos moradores de rua. Depois passaram aos
portadores de síndrome de Down, aos esquizofrênicos, aos maníaco-depressivos, aos anões e os corcundas, os mutilados em
defesa da Alemanha, na 1ª Guerra Mundial, os comunistas, os socialistas, os democratas. Finalmente,
construíram esquemas de aniquilar milhares de homens, mulheres, crianças e velhos por dia, como em Auschwitz
ou Maidanek, na Polônia. Chegaram à marca de 6 milhões de judeus, mais de um
milhão de ciganos, e vários milhões de
russos, ucranianos, letões, moldavos, eslovacos.
Se tivessem vencido a Segunda Guerra -
da qual participamos lutando na Itália,com a FEB – teriam feito o mesmo aqui.
Como nutriam desprezo pela nossa
miscigenação, teriam assassinado quase todos, misturando, nos mesmos fornos
crematórios, os ricos e os pobres, os metidos
a besta e os moradores de rua.
Os nazistas marcavam suas vítimas, na
chegada aos campos de extermínio, com um número tatuado no braço. O bando de covardes que atacou um
morador de rua, na madrugada de anteontem, em uma Praça de Presidente
Wenceslau, em São Paulo, levando-o para um banheiro e o espancando brutalmente
com um tampo de pia de concreto, preferiu prestar homenagem a seus
inspiradores, marcando-o, nas costas, quando já estava sangrando e desacordado,
com uma cruz suástica, símbolo nazista, riscada com um caco de vidro.
Não precisavam ter recorrido à marca da
maldade para nos lembrar que não existe nenhuma diferença entre quem ataca um
mendigo indefeso e os nazistas que faziam experiências médicas dissecando crianças vivas.
Esta semana, o Brasil lembrou Zumbi dos
Palmares, comemorando o Dia Nacional da Consciência Negra.
Que cor terá a pele do morador de rua
atacado em Presidente Wenceslau pelo bando de neonazistas?
Este texto foi publicado também nos seguintes sites Com a intenção de “normalizar e simplificar a governança estratégica” do gigantesco grupo de armamentos EADS, assegurando, ao mesmo tempo, que a Alemanha, a França e a Espanha, protejam os seus legítimos “interesses estratégicos”, os governos dos três países acabam de fechar acordo para manter 24 por cento das ações nas mãos dos estados francês e alemão e 4 por cento sob propriedade do estado espanhol. Mantêm, assim, o domínio do grupo, que controla, direta e indiretamente várias empresas prestadoras de serviços na área de defesa, no Brasil, como é o caso da Cassidian.
Enquanto no Brasil é pecado o Estado meter-se em outras áreas que não sejam segurança, saúde e educação, países admirados por muitos como paradigmas de capitalismo avançado e do livre-mercado, asseguram a propriedade do Estado em áreas estratégicas da economia - e nem por isso o mundo vem abaixo.
Vamos aos fatos. A participação da Espanha no capital da EADS (abreviatura da denominação, em inglês, da European Aeronautic Defense Space Company), mediante a CASA (Construcciones Aeronauticas S.A) deve ser conhecida. Embora tenha nascido da iniciativa privada, em 1923, a empresa foi sendo absorvida pelo estado espanhol, a partir de 1943, e, desde 1992, a participação estatal é de 99,2%.
Além da construção aeronáutica, o estado espanhol comanda as empresas ferroviárias, de construção, navais e de armamento. É com essas empresas que a Espanha quer invadir o mercado brasileiro, aproveitando o financiamento farto e barato no BNDES.
O instrumento dessa operação é uma instituição chamada SEPI - Sociedade Estatal de Participações Industriais. E atentem bem para a palavra estatal, A SEPI - a exemplo de organizações congêneres como as existentes na Alemanha, na França, ou na Itália, com o IRI - não está presente apenas como sócio temporário, mas exerce sua tarefa permanente de controle nacional dos setores estratégicos da atividade econômica.
No Brasil, esse é um assunto tabu. O BNDES pode financiar empresas estrangeiras, e até mesmo estatais, como é o caso da DCNS, que constrói o estaleiro onde serão montados os submarinos que compramos à França. No entanto, não admitem que o Brasil possa ter uma empresa estatal para assegurar diretamente a presença do Estado onde ela é necessária, seja como controlador, seja como indutor do processo de desenvolvimento, como ocorre lá fora.
O temor da opinião dos "analistas" do "mercado" e de certa parcela dos meios de comunicação, já totalmente entregue aos interesses estrangeiros, chegou a um ponto que nos humilha.
É o caso, por exemplo, da projetada concessão operacional do Aeroporto do Galeão. Uma empresa controlada pelo Estado francês, a ADP (Aeroports de Paris) disse, claramente, que só entra no negócio se a INFRAERO (ou seja, o estado brasileiro) estiver em posição minoritária. E o governo brasileiro, como mostra a mudança no formato do modelo, obedece.
É preciso definir o modelo correto, para que o Brasil possa se desenvolver em ritmo acelerado e garantir sua autonomia, agora e no futuro, e o respeito aos princípios de não alinhamento e não ingerência nos assuntos internos de qualquer nação.
Ao contrário do que aconteceu no passado, o BNDES só deve financiar empresas autenticamente brasileiras. Os estrangeiros que quiserem entrar no Brasil, principalmente no filé das obras de infraestrutura, que se submetam às nossas leis e condições - e tragam o seu próprio dinheiro. :
Este texto foi publicado também nos seguintes sites Com a intenção de “normalizar e simplificar a governança estratégica” do gigantesco grupo de armamentos EADS, assegurando, ao mesmo tempo, que a Alemanha, a França e a Espanha, protejam os seus legítimos “interesses estratégicos”, os governos dos três países acabam de fechar acordo para manter 24 por cento das ações nas mãos dos estados francês e alemão e 4 por cento sob propriedade do estado espanhol. Mantêm, assim, o domínio do grupo, que controla, direta e indiretamente várias empresas prestadoras de serviços na área de defesa, no Brasil, como é o caso da Cassidian.
Enquanto no Brasil é pecado o Estado meter-se em outras áreas que não sejam segurança, saúde e educação, países admirados por muitos como paradigmas de capitalismo avançado e do livre-mercado, asseguram a propriedade do Estado em áreas estratégicas da economia - e nem por isso o mundo vem abaixo.
Vamos aos fatos. A participação da Espanha no capital da EADS (abreviatura da denominação, em inglês, da European Aeronautic Defense Space Company), mediante a CASA (Construcciones Aeronauticas S.A) deve ser conhecida. Embora tenha nascido da iniciativa privada, em 1923, a empresa foi sendo absorvida pelo estado espanhol, a partir de 1943, e, desde 1992, a participação estatal é de 99,2%.
Além da construção aeronáutica, o estado espanhol comanda as empresas ferroviárias, de construção, navais e de armamento. É com essas empresas que a Espanha quer invadir o mercado brasileiro, aproveitando o financiamento farto e barato no BNDES.
O instrumento dessa operação é uma instituição chamada SEPI - Sociedade Estatal de Participações Industriais. E atentem bem para a palavra estatal, A SEPI - a exemplo de organizações congêneres como as existentes na Alemanha, na França, ou na Itália, com o IRI - não está presente apenas como sócio temporário, mas exerce sua tarefa permanente de controle nacional dos setores estratégicos da atividade econômica.
No Brasil, esse é um assunto tabu. O BNDES pode financiar empresas estrangeiras, e até mesmo estatais, como é o caso da DCNS, que constrói o estaleiro onde serão montados os submarinos que compramos à França. No entanto, não admitem que o Brasil possa ter uma empresa estatal para assegurar diretamente a presença do Estado onde ela é necessária, seja como controlador, seja como indutor do processo de desenvolvimento, como ocorre lá fora.
O temor da opinião dos "analistas" do "mercado" e de certa parcela dos meios de comunicação, já totalmente entregue aos interesses estrangeiros, chegou a um ponto que nos humilha.
É o caso, por exemplo, da projetada concessão operacional do Aeroporto do Galeão. Uma empresa controlada pelo Estado francês, a ADP (Aeroports de Paris) disse, claramente, que só entra no negócio se a INFRAERO (ou seja, o estado brasileiro) estiver em posição minoritária. E o governo brasileiro, como mostra a mudança no formato do modelo, obedece.
É preciso definir o modelo correto, para que o Brasil possa se desenvolver em ritmo acelerado e garantir sua autonomia, agora e no futuro, e o respeito aos princípios de não alinhamento e não ingerência nos assuntos internos de qualquer nação.
Ao contrário do que aconteceu no passado, o BNDES só deve financiar empresas autenticamente brasileiras. Os estrangeiros que quiserem entrar no Brasil, principalmente no filé das obras de infraestrutura, que se submetam às nossas leis e condições - e tragam o seu próprio dinheiro. :
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