A China acaba de inaugurar,
na última terça-feira, 26 de dezembro, dia do aniversário de Mao-Tsé-Tung, a
maior linha de trem de alta velocidade do mundo, com 2.298 quilômetros, ligando,
com 35 paradas, as cidades de Pequim e Guangzhou.
Com a inauguração da
linha, que fará o trajeto completo em 8 horas, os chineses,que já tinham a única
linha de levitação magnética do mundo, em Xanghai, se consolidam como líderes
mundiais no setor, com uma rede de quase dez mil quilômetros de trens de alta
velocidade, a maior do planeta.
Já que não dá para fazer
com que o governo desista do trem bala no Brasil, gastando, para isso, 40 bilhões de reais, o melhor seria entregar o negócio aos chineses. Pelo menos,
a China, com quase 4 trilhões de dólares no banco, e disposta a receber, depois,
em petróleo, não precisaria, como é o caso de outros concorrentes, de dinheiro a
juro subsidiado do BNDES.
Com isso, o governo federal
poderia pegar os mesmos 40 bilhões de reais que quer gastar com o trem-bala,
e fazer, teoricamente, 40 mil quilômetros de linhas de trem de velocidade média
(ou mais que a metade disso, contando com obras de engenharia e indenizações) para
o transporte de carga e passageiros, gerando milhares de empregos, e reerguendo,
definitivamente, a cadeia produtiva da indústria ferroviária no Brasil.
A desculpa de que os chineses
tiveram um acidente com 40 vítimas não serve para direcionar o negócio para
empresas, digamos “ocidentais”. Um único acidente, em quase dez mil quilômetros
de linhas, que servem uma área habitada por mais de 200 milhões de passageiros,
é estatisticamente irrelevante, no contexto
de um negócio dessa dimensão.
Um comentário:
Neste caso, não se poderá contratar empresas alemãs, já que no acidente do trem de alta velocidade alemão há cerca de 10 anos, morreram mais de uma centena de pessoas.Portanto o TGV alemão é 3 vezes mais perigoso que o chinês, sem contar que a malha ferroviária alemã é muito menor, sendo assim a proporção do acidente bem mais significativa.
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