O conflito sírio, a situação na Líbia, e a tensão no
Mali, país para o qual o Conselho de Segurança da ONU acaba de aprovar o envio
de uma Força Multinacional, diante da grave deterioração da situação interna,
foram os principais assuntos abordados
na quarta Reunião para Assuntos de Segurança do BRICS, encerrada ontem na
capital indiana, Nova Delhi.
Ao fazer um balanço da reunião, o anfitrião e
assessor de Segurança Nacional do governo indiano, Shivshankar Menon, disse que
os BRICS continuam contrários a qualquer intervenção militar externa na Síria.
E anunciou que foram discutidos também temas relacionados ao combate e à
prevenção do terrorismo e da pirataria, e no campo da defesa cibernética, no
contexto do fortalecimento dos mecanismos de consulta, coordenação e
estreitamento da cooperação estratégica do BRICS nos próximos anos.
A intenção é montar, especialmente na guerra
eletrônica, equipes de resposta rápida que possam neutralizar rapidamente
ataques na área. Finalmente, o dirigente indiano sublinhou o alto nível de
entendimento entre os membros do BRICS na maioria dos temas abordados, e disse
que os resultados da reunião serão repassados para as lideranças de cada país,
que deverão voltar a discuti-los na Quinta Cúpula Presidencial dos BRICS, que
será realizada no final do mês de março, na cidade de Durban, na África do
Sul.
Um comentário:
sábado, 12 de janeiro de 2013
Chávez, atacado pelo comentarista-hiena* global
Comentarista genérico do jornal da Globo, Arnaldo Jabor, vocifera seu ódio contra venezuelanos e Chávez. Embaixada da Venezuela colocou Jabor em seu devido lugar, lembrando de seu apoio ao golpe de estado em 2002 ocorrido no país vizinho
Abaixo transcrevemos nota divulgada pela embaixada da Venezuela, após insultos do comentarista de assuntos genéricos, Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo, ao vociferar contra a manutenção da ordem no país vizinho e a decisão de adiamento da posse de Hugo Chávez:
"Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.
Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.
Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.
Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo."
Não pode ser ignorado o fato de que, segundo os "formadores de opinião" brasileiros, Hugo Chávez estaria na véspera de morrer, a cada dia desde dezembro, quando internou-se em Cuba para mais uma cirurgia e seu estado de saúde mostrou-se grave.
Manchetes, textos e retrospectivas obituárias parecem estar prontas para serem publicadas...
Comentários e análises feitos a partir de dezembro último, desrespeitam o povo venezuelano e parecem ser escritos por pessoas vazias de sentimentos, que torcem diariamente pela morte de um semelhante.
Apesar de quaisquer diferenças que possam existir entre as pessoas, desejar a morte do outro como significado de vitória, revela a mesquinharia e a sordidez dos que tripudiam sobre a desgraça alheia.
Esse é o papel que a Globo se preza a desempenhar.
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