(HD) - A Presidente Dilma Roussef,
inaugurou há dias, o estaleiro que produzirá os nossos submarinos. A primeira
encomenda é de quatro belonaves convencionais e uma nuclear, cujo casco será
construído com a parceria da estatal francesa DNCS, com o reator a cargo da
Marinha. O Brasil talvez pudesse
poderia chegar ao mesmo resultado – o submarino atômico só irá ao mar em 2023 –
com menos dinheiro, se contratasse técnicos aposentados com o fim da URSS - e ainda disponíveis,
às centenas, na Rússia e na Ucrânia.
Isso poderia ter sido feito desde o
início do projeto, há quase 20 anos, coincidindo com a crise do socialismo,
mas, infelizmente, o Brasil tem tido, a partir do governo Fernando Henrique,
dificuldade para pensar e coordenar seus projetos de longo prazo. Esse é o
caso, por exemplo, das duas licitações da VALEC para a compra de 250 mil
toneladas de trilhos, destinados à Ferrovia Norte-Sul e à FIOL – Ferrovia de Integração Oeste-Leste - suspensas, depois de intervenção do TCU, neste
início de ano. Um só consórcio se apresentou para as duas concorrências, o que
espanta, diante da dimensão do negócio. É estarrecedor que só agora, na etapa
da conclusão das obras, os trilhos estejam sendo encomendados à China.
Não é possível entender que se
comece uma ferrovia sem saber de onde virão suas peças mais óbvias, como são os
trilhos. E, menos ainda no país que é o maior produtor de minério de ferro do
mundo, e com capacidade ociosa em sua indústria de aço. É inadmissível que -
com um grande empresário da área, o Sr. Jorge Gerdau, atuando como articulador
do governo com o setor privado – o Brasil não seja capaz de produzir seus
próprios trilhos. Se nossas usinas siderúrgicas estatais – com sua importância
estratégica, como vemos agora - não tivessem sido irresponsavelmente
privatizadas, até o ponto de não sobrar nem uma sequer, bastaria, como ocorre
na China, que o Governo convocasse uma delas e determinasse a execução da
tarefa.
Como isso não é possível – até mesmo
pela resistência cada vez maior do governo em defender qualquer medida que
possa ser interpretada como estatizante – o problema poderia ser resolvido,
apesar da proverbial chiadeira, dentro das “regras” do mercado. O BNDES, em vez
de ficar financiando multinacionais que mandam bilhões para fora todos os anos, poderia ir às
compras no Bovespa, para fortalecer o controle do Estado em áreas
estratégicas, recomprando, por exemplo,
as ações que pertenciam à Previ, na Embraer, e que foram vendidas no governo
Lula. O preço das ações – por obra da campanha de sabotagem da imprensa
econômica internacional contra o governo – está em baixa. A aquisição de papéis
da Petrobras e da Vale ajudaria a recuperar seu valor, e eles poderiam ser
vendidos, com lucro, no futuro.
Este texto foi publicado também nos seguintes sites:
perfeito!
ResponderExcluiremerson57