As manifestações que tomaram as ruas de todo o país nas
últimas semanas começaram de forma legítima e democrática, convocadas por uma
organização conhecida, que existe há muito tempo, e que há muitos anos defende
a mesma bandeira, acompanhada de outras organizações, muitas delas situadas à
esquerda do espectro político.
O caráter
apartidário do Movimento Passe Livre, o êxito da mobilização, a pauta
relativamente aberta de reivindicações, foram logo vistos pela extrema direita
como oportunidade para infiltrar, diretamente e pela internet,
suas ideias no movimento, como o “Acorda Brasil”,
adaptação direta do Deutschland Erwacht! do nazismo, atribuído a Goebbels.
Passou-se a
incitar o ódio aos políticos, o desprezo
pelas instituições, com a intenção de
desacreditar a imagem do país no exterior, e de atingir a
governabilidade e a economia.
Em um primeiro
momento, alguns setores da oposição democrática, inseridos no sistema político normal, podem ter sido atraídos pelo movimento que exibia cartazes pedindo o
impeachment da Presidente Dilma, sem ver
outros, mais numerosos, pedindo
indiscriminadamente a cabeça dos políticos e tachando-os, todos, de ladrões e
corruptos.
Outros membros da
oposição também se sentiram certamente
acuados, ao se verem cercados no
Congresso, ou em cidades e estados governados por seus partidos, por milhares
de pessoas e por grupos armados de paus, pedras e fogo.
O que estamos
vendo, resguardados os manifestantes comuns, é o vir à luz de um frankenstein
político que, em nome da liberdade de manifestação, ataca, com bandidos mascarados, instituições nacionais e
militantes do PT, do PSTU, e do
PSDB, quando estes ousam sair às
ruas.
A tentação de
dançar com o diabo, mesmo que por parte de uma minoria, é perigosa e
enganadora. Muitos daqueles que apostaram no caos em 1964, pensando que
ascenderiam ao poder - como Carlos Lacerda -
terminaram cassados e humilhados pela Ditadura.
Apesar do recuo
das autoridades na questão do preço das passagens, continuam as manifestações,
agora com a intenção deliberada de paralisar as capitais, como mostram as
manobras sincronizadas de interrupção do tráfego em diferentes pontos, como
aconteceu em São Paulo no início da semana.
Essa vertente
fascista vem estendendo paulatinamente o seu controle, indireta e
insidiosamente, sobre centenas de pessoas inocentes e bem intencionadas, e não
se descarta a possibilidade de que estejam sendo pagos os vândalos que promovem
quebra-quebraS e desatam sua fúria diante das câmeras da imprensa
internacional.
É contra esses
inimigos ocultos da democracia que as
instituições, os homens públicos e os cidadãos, quaisquer sejam seus partidos,
têm que se unir – e agora.
Este texto foi publicado também nos seguintes sites:
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http://cidadedeminas.blogspot.com.br/2013/06/brasil-acordou-o-gigante-acordou-raizes.html
ResponderExcluirO Político tem que entender que o Sistema que regula a relação do Estado com a estrutura das Classes já mudou na identidade mental da População Brasileira. Esta mudança no pensamento coletivo com relação aos elementos estruturais, sócio democráticos, explica os movimentos sociais.
ResponderExcluirLutar contra a realidade desta luz é buscar um confronto inútil e improdutivo contra a própria sombra.
A complexidade da questão e a concepção inovadora incomodam e sua aceitação é dificultada pelo mecanismo defensivo da classe política dominante; contrapõe à concepção de um novo mundo.
Nesta nova regulação das relações de poder não cabem mais descabidas atrocidades com o dinheiro público.
Ou o Político para de desassociar com empáfia as suas atitudes das suas palavras e passa perceber a realidade caótica da maioria, ou iremos perder mais uma oportunidade de darmos um salto “evolucionário”.
Sérgio Alberto Bastos da Paixão
www.facebook.com/sergio.paixao.35
sealbapa@msn.com
O PSOL e o PSTU, com seus grupos de pressão, chamaram em seus blogs para as marchas iniciais como se fosse mesmo uma revolta. Eles, que já ocuparam reitorias e até mesmo as depredaram, jogaram molotov no consulado americano no RJ, não são manifestantes pacíficos: querem sim desestabilizar o governo e fazem tudo o que podem para isso. Só que aqui deram um tiro no pé: o movimento foi apropriado pela direita mais reaça e golpista que há. Quem pode garantir que os vândalos das manifestações eram só da direita, ou anarquistas? Quem acende um pavio sem ver as cargas e a direção do vento acaba se dando mal. Foram impedidos de ter suas bandeiras nos atos, levaram porrada junto com manifestantes da CUT e do próprio PT. Virou revolta de direita, tipo Capriles. E no meio, gente alucinada que quer seguir um movimento internacional anarco-fascista violento que se intitula como'globalrevolution'. Faz lá primeiro, no lugar onde isso nasceu ...
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