Houve denúncias de recrutamento de
“carecas” em São Paulo por integralistas. Um fuzileiro naval participou da
invasão ao Itamaraty. A polícia mineira identificou a presença de grupos
organizados de outros estados no cerco ao Mineirão. Essas imagens, divulgadas
no mundo inteiro, deterioraram
profundamente a imagem do Brasil no exterior, e afetaram de forma grave as
perspectivas econômicas do país nos próximos meses.
Em
conseqüência, tornou-se mais difícil o
desempenho da União e dos estados. Não se trata apenas dos 700 milhões de reais
de prejuízo para o comércio, só no dia 20 de junho. Foram bilhões de reais
perdidos, com milhares de toneladas de leite e seus derivados, além de outros
alimentos perecíveis, como carne e peixe,
que apodreceram nas estradas bloqueadas, por dias inteiros, afetando a
inflação e o abastecimento. Registrou-se o atraso no embarque de produtos para
o exterior, e houve a queda na ocupação dos hotéis, que, em alguns lugares,
como a cidade de São Paulo, se reduziu a 40% em média durante plena Copa das
Confederações.
Alguns colunistas de jornais especializados
em economia afirmam que os diretores executivos de empresas estrangeiras no
Brasil têm tido como principal missão explicar às matrizes que nosso país não
está vivendo uma situação de pré-guerra civil.
A CNN mexicana informa que as manifestações no Brasil espantam investidores em bônus da dívida brasileira e
da Bolsa, que já perdera mais de 20% este ano devido a outras questões, como as
que envolvem as empresas de Eike Batista.
Os problemas de infraestrutura, agravados
pelo fechamento constante de importantes rodovias, vão afundar o superávit
comercial este ano - cuja queda é estimada em
70% - para cerca de 7 bilhões de reais.
O real tende a se desvalorizar cada vez
mais, aumentando a pressão sobre as reservas internacionais. É difícil que o
Investimento Externo Direto acompanhe o nível do ano passado. Quem ousaria
investir seu dinheiro aqui, com as cenas de violência que estão sendo vistas lá
fora?
As
aquisições e fusões já caíram 50% no primeiro semestre, com relação ao primeiro
semestre do ano passado. Esse tipo de situação tampouco favorece a oposição. Se
houver uma queda no consumo, na produção, nos investimentos e no emprego,
sofrerão democraticamente gregos e troianos que estiverem ocupando cargos de
governo.
Segundo o Datafolha, a aprovação da Presidente
Dilma caiu de 57% a 30%. Mas Geraldo Alckmin, principal governador do campo
oposicionista, caiu também, de 52 para 30%.
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