(HD) - O Governo Federal informou, nesta semana, que cerca de 10.000
soldados e policiais deverão ser treinados em técnicas de segurança e contenção
de distúrbios para a proteção de torcedores, turistas e instalações de
infra-estrutura durante a Copa.
A repressão, no entanto, como já se viu antes, não pode nem
consegue resolver tudo. Tão importante quanto se preparar para o pior, seria
que o Governo Federal, os estaduais, e municipais, das cidades-sede,
começassem, desde já, a mapear e a negociar com os movimentos que pretendem se
manifestar durante o evento.
Tal medida – talvez no molde de audiências e convocatórias
públicas – poderia ajudar a preservar o direito à livre manifestação,
garantindo, ao mesmo tempo, um nível mínimo de organização para os protestos.
Dessa forma, seria possível evitar, ou diminuir, a sua “contaminação”
por sabotadores de diferentes tipos, que se infiltram na multidão para promover
o caos.
Basta acompanhar seu discurso e opiniões na internet, para
saber quem eles são. Estão mais interessados em combater o regime democrático e
incendiar o país, do que em lutar pela melhoria das condições de vida da
população.
Iniciativas conjuntas como “Comitês Populares da Copa”, os
coletivos “ninjas” de mídia alternativa, o próprio Movimento Passe Livre, podem
monitorar e controlar as manifestações, identificando e combatendo os vândalos,
infiltrados e sabotadores.
Muitos esquecem que, para o bem e para o mal, a Copa do Mundo
não pertence nem ao PT, nem à oposição. Embora nem os que ficam em casa nem a
maioria dos manifestantes tenham parado para pensar, ela pertence ao país como
um todo.
O vandalismo, quando dirigido para a destruição do patrimônio
público e privado - como estádios, lojas, aeroportos e caríssimos equipamentos
de mobilidade urbana como as novas estações do BRT, construídas com recursos
federais, estaduais, municipais - prejudica igualmente a todos os
brasileiros, qualquer seja sua posição política.
Os sabotadores de extrema direita, abrigados nos vídeos do Youtube e nas páginas de apologia ao
golpismo, da violência e da tortura nas redes sociais – que o Governo e o
Judiciário parecem fazer questão de continuar a ignorar – não irão para as ruas
a favor de certo partido ou candidato nas eleições deste ano.
Seu objetivo é destruir a democracia brasileira e fazer tudo
o que estiver ao seu alcance, para promover e incentivar a quebra do Estado de
Direito, aproveitando o palco gerado pela visibilidade do país em 2014.
Precisamos lembrar que a Copa passa e a Nação fica.
É, portanto, também contra os inimigos da democracia, que as
instituições, os governos de situação e de oposição, e os movimentos sociais terão
que se organizar e tomar posição, nos próximos meses.
Como se viu em 1964, e no Golpe do Chile, em 1973, apostar na
piora das condições de governabilidade não pode beneficiar a ninguém.
Este texto foi publicado também nos seguintes sites:
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o que fazer quanto às convocações para manifestações feitas pela mídia?
ResponderExcluirusar o "controle remoto" como recomenda a presidenta?
emerson57