(Hoje em Dia) - A trágica morte
de Eduardo Campos, nos faz refletir,
mais uma vez, sobre a implacável influência do destino na história dos povos e
das Nações.
Para o homem
público ou o eleitor engajado, a política tende a ser construção estratégica, que
leva uma liderança ou grupo ao poder, como instrumento de mudança da realidade social
e econômica de um país.
Há, também, os
que incluem nessa construção, a busca do consenso para o enfrentamento das grandes
questões que afetam as sociedades em um determinado momento de sua história.
Esse entendimento,
essa negociação, que nem sempre se dá apenas no Parlamento, é especialmente frequente
nos meses que precedem a disputa de cargos eletivos, e vai da conversa entre eleitores no bar da esquina, à disputa pelo município,
pelo Estado e pelo País, dependendo do tipo de pleito que estiver em pauta.
Ao raciocinar sobre
os fatos, analistas políticos, candidatos, eleitores, tendemos a observar a realidade à nossa volta,
a tecer nossas conjecturas, e a amadurecer nossas opiniões, estabelecendo,
com maior ou menor convicção, nossas conclusões.
Mas, também nos esquecemos, muitas vezes, que, além de todos e de tudo, existem
outros fatores, entre eles, o imponderável.
Um ator que pode ser
definitivo, dependendo da maneira como opera, corta, muda, influencia, o desenvolvimento
dos acontecimentos.
A história brasileira
está cheia de trágicos exemplos dessa intervenção do destino, alguns, fruto da
própria história, como o suicídio de Getúlio Vargas, que a isso foi levado pela
odiosa campanha movida contra ele por Lacerda, os militares golpistas, e a imprensa
anti-nacional que existia na época.
Desse rol faz
parte, também, a renúncia de Jânio, tão premeditada quanto desastrada em suas
consequências.
Outro é o caso em
que o inesperado surge e se impõe independente de qualquer interferência humana
provável, como foi a doença de Tancredo, ou, agora, da morte de Eduardo Campos,
que ocorreu, por triste coincidência, no mesmo dia do falecimento de seu avô,
Miguel Arraes.
Jovem, inteligente,
cativante, Eduardo Campos deixou numerosa família, que nos inspira os melhores sentimentos
de respeito e solidaridade.
Seu desaparecimento,
no entanto, da forma como se deu, interrompeu não apenas sua própria vida e a de quem o
acompanhava, mas o próprio curso político, e terá profunda influência no
processo eleitoral.
Em outras épocas,
uma tragédia dessa magnitude poderia trazer trágicas consequências para o país,
as liberdades individuais e o estado de direito.
Um comentário:
Terrivel acidente. Lamentavel pelas vidas perdidas. Que a tragedia nos traga reflexões, e que possamos dar valor ao que nos deu o criador. Nada é mais importante. Que Deus alivie o sofrimento das familias.
Postar um comentário