(Hoje em Dia) - Nascida em 1949,
para evitar que os países da Europa Ocidental caíssem sob a influência
soviética, e não para responder a uma suposta agressão "comunista" de forças do Pacto de
Varsóvia, que só viria a surgir 6 anos depois, a Organização do Tratado do Atlântico
Norte volta e meia tenta fazer algo para dar ao mundo a impressão de que teria
algum outro papel que não o de apenas ajudar a submeter a Europa aos interesses
norte-americanos.
Mais que uma organização militar de defesa contra supostos inimigos externos, a OTAN (NATO por sua sigla inglesa) sempre foi um instrumento de controle dos EUA sobre o velho continente. Esse é um processo que se estabeleceu com a chegada de milhares de soldados norte-americanos, durante a Segunda Guerra Mundial, e que se fortaleceu e estendeu, depois, com sua permanência, no pós-guerra, em bases instaladas em diferentes países, que iam da Alemanha à Espanha.
Como os tentáculos de uma aranha, diversas subestruturas foram estabelecidas com o tempo, e diferentes organizações civis foram criadas, em várias nações, relacionadas a Aliança Atlântica, com interesses na indústria armamentista, e em uma gigantesca rede de centenas de empresas e militares de soldados, fornecedores e funcionários cobrindo toda a Europa.
Com isso, os EUA tornaram improvável que, entre esses países, se levantasse, novamente, alguém que pudesse ameaçá-los, e, para evitar que governos hostis, ou "independentes" viessem a assumir o poder nesses estados, foi criado o "Gládio" - uma organização clandestina estabelecida, primeiro, na Itália, na Guerra Fria, e que depois se estendeu para diversos países.
Desse grupo terrorista secreto de inspiração anticomunista, que pode ser melhor conhecido com a leitura de livros como, Gladio. Die geheime terrororganisation der Nato, do autor alemão Jens Mecklenburg, publicado em 1997, pela editora Elefanten Press Verlag , de Berlim, faziam parte diversos agentes recrutados entre ex-nazistas e ex-fascistas de diversas nacionalidades, que depois se envolveram com vários atentados terroristas e ações antidemocráticas, como os massacres de Peteano e da Piazza Fontana, na Itália; o golpe militar de 1967, na Grécia; o massacre da Praça Taksim, em 1977, em Istambul, na Turquia, e o golpe militar de 1980, no mesmo país.
A sua existência foi reconhecida, denunciada e exposta em 24 de outubro de 1990, pelo Primeiro-Ministro italiano, Giulio Andreotti, e pelo Parlamento Europeu, em novembro do mesmo ano.
Em reunião na
cidade de Newport, há poucos dias, a OTAN usou "a ameaça russa na
Ucrânia", como pretexto para montar uma força de intervenção rápida.
Vai usar essas tropas - se a ONU autorizar - em países pobres e desarmados como a Líbia e o Iraque, cujos antigos regimes apoiou indiretamente no passado.
No caso da Rússia e da China - com seus milhares de mísseis e ogivas atômicas - o cão sabe que ladra, mas não morde.
Na verdade, após a queda da União Soviética, desenvolveu-se um sistema de dominação ianque do planeta com a participação da Europa dependente e do apoio de "líderes" soviéticos, alguns bêbados, com o consequente desequilíbrio político internacional.
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