(Hoje em Dia) - O mundo comemorou, ontem, na Polônia, os 70 anos da libertação (foto), por soldados da antiga União Soviética, do campo de extermínio de Auschwitz, talvez o mais terrível exemplo do exercício da discriminação e do mal, na história humana, e da máquina de genocídio nazista.
Auschwitz destacou-se, entre os outros e numerosos campos de concentração e de extermínio.
Não pela perversidade de seus oficiais, dos guardas e dos kappos, prisioneiros que controlavam as barracas em que se amontoavam, às centenas, seres humanos esquálidos e sub-alimentados, doentes e torturados pelas ameaças, as pancadas, o frio e assombrados pela perda de seus pais, mulheres e filhos, assassinados, muitas vezes, na sua frente, comuns a outras sucursais do inferno, como Sobibor, Maidanek, Belsen e Treblinka.
Mas, principalmente, por sua escala inimaginável, gigantesca, da qual tomava parte o campo vizinho de Birkenau, e pela organização metódica, planejada, de suas instalações. Elas foram planejadas para o roubo dos pertences, a exploração e a morte de milhares de pessoas por dia, da recepção dos prisioneiros, em sua dantesca estação ferroviária, até sua execução a tiros, por extenuação, espancamento ou em câmaras de gás, com a posterior destruição do corpo em fornos crematórios, em uma especie de matadouro tão bem organizado, que tudo era aproveitado, do ouro das jóias e dos dentes, ao cabelo dos prisioneiros, usado para forrar botas de inverno.
O fato de o presidente Vladimir Putin, líder do país herdeiro da URSS, potência que libertou Auschwitz, e venceu a batalha de Berlim, derrotando a Alemanha Nazista e levando Hitler ao suicídio, não ter sido convidado, é significativo.
Principalmente, quando se leva em consideração, que, na cerimônia, como convidado, esteve presente Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, país de origem de muitos dos guardas que trabalhavam em Auschwitz, e em outros campos, auxiliando prazeirozamente os SS nazistas, na vigilância, tortura e morte de milhares de homens, mulheres e crianças das mais diferentes origens.
Na Ucrânia de hoje, desfilam orgulhosamente neonazistas, e cresceram, vertiginosamente, depois da derrubada do governo que estava no poder anteriormente, os ataques a judeus, ciganos - dos quais milhares também morreram em Auschwitz - e outras minorias.
Por mais que os revisionistas e deturpadores da história - extremamente ativos nos últimos tempos - insistam em equiparar russos e nazistas, a verdade é que quando um criminoso nazista era capturado pelos soviéticos, ele era julgado, e na maioria das vezes, condenado à morte ou a pesadas penas de prisão, enquanto a maioria dos que foram apanhados pelos norte-americanos e pelos alemães ocidentais, mais tarde, permaneceram impunes, ou se tornaram colaboradores de organizações como a CIA durante a Guerra Fria - morrendo gordos e velhos, na cama, como não mereciam.
(Hoje em Dia) - O novo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou, há alguns dias, que, no financiamento a empresas, é preciso abandonar o "patrimonialismo" e apoiar a "igualdade de oportunidades" e a "impessoalidade" do Estado.
O que o Ministro quis dizer com isso?
Será que ele estava sugerindo que acredita que uma empresa nacional, que paga dos mais altos juros do mundo, dispõe das mesmas oportunidades que empresas estrangeiras que captam recursos a juros dez vezes mais baixos em seus países de origem, ou recebem descarada ajuda governamental, de países como a Espanha, recentemente condenada pela UE por financiar e apoiar, desde a última década do século passado, "ilegalmente", segundo as regras europeias, a internacionalização de suas empresas, especialmente na América Latina?
Os Estados não costumam ser impessoais. Eles servem às nações na formulação e execução de estratégias, estabelecidas segundo a época e os desafios, escolhendo os setores nacionais que irão apoiar, para a execução de projetos e programas voltados para a conquista do desenvolvimento, e de poder e projeção econômica, militar e geopolítica, em um mundo cada vez mais competitivo.
Dizer que o Estado deve ser "impessoal" em um planeta em que a Europa e os EUA, principalmente, funcionam na base do lobby - com a permanente troca de favores entre políticos, estado e iniciativa privada - em que o Pentágono, por exemplo, escolhe, há anos, na base do compadrio, as empresas que irão participar do desenvolvimento e fabricação de suas armas e sistemas, fartamente financiados com dinheiro do contribuinte, e com acesso vetado por lei para empresas estrangeiras como a Embraer, obrigada a se associar a uma empresa local para vender aviões à USAF; e existem bancos de fomento que tem como única missão apoiar setores e empreendedores locais, como é o caso do Eximbank, e de outras instituições congêneres da Coréia, Japão, Alemanha, só pode ser um devaneio romântico ou um insulto à inteligência da Nação.
Todos os países - ou ao menos os de maior sucesso, sempre investiram em cientistas, empreendedores, ideias, empresas e projetos. E para cada Krupp, Rockfeller, Agnelli, Volkswagen, Bayer, Boeing, bem sucedidos, há bilhões em recursos em dinheiro público aplicados em dezenas de empreendedores e empresas que irão fracassar, em um processo permanente de tentativa e erro, que é fiel retrato de como caminham as nações ("capitalistas" ou "socialistas") e a humanidade.
Está certo, vamos acabar com o "patrimonialismo". Mas o que representa o governo pagar bilhões de reais em juros, dos mais altos do mundo, aos bancos e aos sistema financeiro, todos os anos, senão o mais inútil "patrimonialismo"?
O que o Brasil precisa, não é deixar de financiar suas empresas - como fez o BNDES, por exemplo, com o consórcio do qual tomava parte o Bradesco, na polêmica privatização, a preço irrisório, da Vale do Rio Doce, nos anos 1990.
E, sim, escolher, abertamente, publicamente, como deve investir seus recursos, em benefício do país e dos brasileiros, e fazê-lo decididamente, com critérios transparentes, e sem hipocrisia, como fazem as outras nações do mundo.
(Jornal do Brasil) - Há alguns dias, terroristas franceses, ligados, aparentemente, à Al Qaeda, atacaram a redação do jornal satírico parisiense Charlie Hebdo, em represália pela publicação de caricaturas sobre o profeta Maomé.
Doze pessoas foram assassinadas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas e intelectuais do país, e dois cidadãos de origem árabe, um deles, estrangeiro, que trabalhava há pouco tempo na publicação, e um membro das forças de segurança que estava nas imediações.
Logo em seguida, houve, também, outro ataque, a um supermercado kosher na periferia de Paris, em que 4 judeus franceses e estrangeiros morreram.
Dias depois, milhões de pessoas, e personalidades de vários países do mundo, se reuniram nas ruas da capital francesa, para protestar contra o atentado, e se manifestar contra o terrorismo e pela liberdade de expressão.
Na mesma primeira quinzena de janeiro, explodiram carros-bomba, e homens-bomba, também ligados a grupos radicais islâmicos, no Líbano (Beirute), na Síria (Aleppo), na Líbia (Benghazi), e no Iraque (Al-Anbar), com dezenas de mortos, em sua maioria civis.
Mas, como sempre, não seria normal esperar que algum destes fatos tivesse a mesma repercussão do atentado em Paris, capital de um país europeu, ou que a alguém ocorresse produzir cartazes e neles escrever Je suis Ahmed, ou Je suis Ali, ou Je suis Malak, Malak Zahwe, a garota brasileira, paranaense, de 17 anos, que morreu na explosão de um carro-bomba, junto com mais 4 pessoas (20 ficaram feridas), no dia 2 de janeiro, em Beirute.
No entanto, os homens, mulheres e crianças, mortos, todos os dias, no Oriente Médio e no Norte da África, são tão frágeis e preciosos, em sua fugaz condição humana, quanto os que morreram na França, e vítimas dos mesmos criminosos, criados pela onda de radicalização e rápida expansão do fundamentalismo islâmico, nos últimos anos.
Raivosas, autoritárias, intempestivas, numerosas vozes se alçaram, em vários países, incluído o Brasil, para gritar - em raciocínio tão ignorante quanto irascível - que o terrorismo não tem que ser "compreendido" e, sim, "combatido".
Os filósofos e estrategistas chineses ensinam, há séculos, que sem conhecê-los, não é possível vencer os eventuais adversários, nem mudar o mundo.
Além disso, não podemos, por aqui, por mais que muitos queiram emular os países "ocidentais", em seu ardoroso "norte-americanismo" e "eurocentrismo", esquecer que existem diferenças históricas, e de política externa, entre o Brasil, os EUA, e países da OTAN como a França.
Podemos dizer que Somos Charlie, porque defendemos a liberdade e a democracia, e não aceitamos que alguém morra por fazer uma caricatura, do mesmo jeito que não podemos aceitar que uma criança pereça bombardeada pela OTAN no Afeganistão ou na Líbia, ou porque estava de passagem, no momento em que explodiu um carro-bomba, por um posto de controle em Aleppo, na Síria.
Mas é preciso lembrar que, ao contrário da França, nunca colonizamos países árabes e africanos, não temos o costume de fazer charges sobre deuses alheios em nossos jornais, não jogamos bombas sobre países como a Líbia, não temos bases militares fora do nosso território, não colaboramos com os EUA em sua política de expansão e manutenção de uma certa "ordem" ocidental e imperial, e, talvez, por isso mesmo - graças a sábia e responsável política de Estado, que inclui o princípio constitucional de não intervenção em assuntos de outros países - não sejamos atacados por terroristas em nosso território.
As raízes dos atentados de Paris, e do mergulho do Oriente Médio na maior, e, com certeza, mais profunda tragédia de sua história, não está no Al Corão ou nas charges contra o Profeta Maomé, embora estas últimas possam ter servido de pretexto para ataques como o que ocorreu em Paris.
Elas começaram a se tornar mais fortes, nos últimos anos, quando o "ocidente", mais especificamente alguns países da Europa e os EUA, tomaram a iniciativa de apoiar e insuflar, usando também as redes sociais, o "conto do vigário" da Primavera Árabe em diversos países, com a intenção de derrubar regimes nacionalistas que, com todos os seus defeitos, tinham conquistado certo grau de paz, desenvolvimento e estabilidade para seus países nas últimas décadas.
Inicialmente promovida, em 2011, como "libertária", "revolucionária", a Primavera Árabe iria, no curto espaço de três anos, desestabilizar totalmente a região, provocar massacres, guerras civis, golpes de Estado, e alcançar, por meio da intervenção militar direta e indireta da OTAN e dos EUA em vários países, a meta de tirar do poder, a qualquer custo, regimes que lutavam para manter um mínimo de independência e soberania em suas relações com os países mais ricos.
Quando os EUA, com suas "primaveras" - que não dão flores, mas são fecundas em crimes e cadáveres - não conseguem colocar no poder um governo alinhado com seus interesses, como na Ucrânia e no Egito, jogam irmão contra irmão e equipam com armas, explosivos, munições, terroristas, bandidos e assassinos para derrubar quem estiver no comando do país.
O objetivo é destruir a unidade nacional, a identidade local, o Estado e as instituições, para que essas nações não possam, pelo menos durante longo período, voltar a organizar-se, a ponto de tentar desafiar, mesmo que em pequena escala, os interesses norte-americanos.
Foi assim que ocorreu com a intervenção dos EUA e de aliados europeus como a Itália e a França - contra a recomendação de Brasil, Rússia, Índia e China, no Conselho de Segurança da ONU - no Iraque, na Líbia e na Síria.
Durante décadas, esses países - com quem o Brasil tinha, desde os anos 1970, boas relações - viveram sob relativa estabilidade, com a economia funcionando, crianças indo para a escola, e diferentes etnias, religiões e culturas, dividindo, com eventuais disputas, o mesmo território.
Estradas, rodovias, sistemas de irrigação, foram construídos - também com a ajuda de técnicos, operários e engenheiros brasileiros - com os recursos do petróleo, e países como o Iraque chegavam a importar automóveis, como no caso de milhares de Volkswagens Passat fabricados no Brasil, para vender aos seus cidadãos de forma subsidiada.
Na Líbia de Muammar Kadafi, segundo o próprio World Factbook da CIA, 95% da população era alfabetizada, a expectativa de vida chegava, para os homens, segundo dados da ONU, a 73 anos, e a renda per capita e o IDH estavam entre os maiores do Terceiro Mundo, mas esses dados nunca foram divulgados normalmente pela imprensa "ocidental".
Pode-se perguntar a milhares de brasileiros que estiveram no Iraque, que hoje têm entre 50 e 70 anos de idade, se, naquela época, sunitas e xiitas se matavam aos tiros pelas ruas, bombas explodiam em Basra e Bagdá todos os dias, como explodem hoje, a qualquer momento, também em Trípoli ou Damasco, ou milhares de órfãos tentavam atravessar montanhas e rios sozinhos, pisando nos restos de outras crianças, mortas em conflitos incentivados por "potências" estrangeiras, ou tentavam sobreviver caçando, a pedradas, ratos por entre escombros das casas e hospitais em que nasceram.
São, curdos, xiitas, sunitas, drusos, armênios, cristãos maronitas, inimigos?
Antes, trabalhavam nos mesmos escritórios, viviam nas mesmas ruas, seus filhos frequentavam as mesmas salas de aula, mesmo que eles não tivessem escolhido, no início, viver como vizinhos.
Assim como no caso de hutus e tutsis em Ruanda, e em inúmeras ex-colônias asiáticas e africanas, as fronteiras dos países do Oriente Médio foram desenhadas, na ponta do lápis, ao sabor da vontade do Ocidente, quando da partilha do continente africano por europeus, obedecendo não apenas ao resultado de Conferências como a de Berlim, em 1884, mas também à máxima de que sempre se deve "dividir para comandar", mantendo, de preferência, etnias de religiões e idiomas diferentes dentro de um mesmo território ocupado pelo colonizador.
Eram Saddam Hussein e Muammar Kadafi, ditadores? É Bashar Al Assad, um déspota sanguinário?
Quando eles estavam no poder, não havia atentados terroristas em seus países.
E qual é a diferença deles e de seus regimes, para os líderes e regimes fundamentalistas islâmicos comandados por xeques e emires, na mesma região, em que as mulheres - ao contrário dos governos seculares de Saddam, Kadafi e Assad - são obrigadas a usar a burka, não podem sair de casa sem a companhia do irmão ou do marido, se arriscam a ser apedrejadas até a morte ou chicoteadas em caso de adultério, e não há eleições, a não ser o fato de que esses regimes são dóceis aliados do "ocidente" e dos EUA?
Se os líderes ocidentais viam Kadafi como inimigo, bandido, estuprador e assassino, por que ele recebeu a visita do primeiro-ministro britânico Tony Blair, em 2004; do Presidente francês Nicolas Sarkozy - a quem, ao que tudo indica, emprestou 50 milhões de euros para sua campanha de reeleição - em 2007; da Secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, em 2008; e do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi em 2009?
Por que, apenas dois anos depois, em março de 2011 - depois de Kadafi anunciar sua intenção de nacionalizar as companhias estrangeiras de petróleo que operavam, ou estavam se preparando para entrar na Líbia (Shell, ConocoPhillips, ExxonMobil, Marathon Oil Corporation, Hess Company) esses mesmos países e os EUA, atacaram, com a desculpa de criar uma Zona de Exclusão Aérea sobre o país, com 110 mísseis de cruzeiro, apenas nas primeiras horas, Trípoli, a capital líbia, e instalações do governo, e armaram milhares de bandidos - praticamente qualquer um que declarasse ser adversário de Kadafi - para que o derrubassem, o capturassem e finalmente o espancassem, a murros e pontapés, até a morte?
Ora, são esses mesmos bandidos, que, depois de transformar, com armas e veículos fornecidos por estrangeiros, a Líbia em terra de ninguém, invadiram o Iraque e, agora, a Síria, e se uniram para formar o Estado Islâmico, que pretende erigir uma grande nação terrorista juntando o território desses três países, não por acaso os que foram mais devastados e destruídos pela política de intervenção do "ocidente" na região, nos últimos anos.
Foram os EUA e a Europa que geraram e engordaram a cobra que ameaça agora devorar a metade do Oriente Médio, e seus filhotes, que também armam rápidos botes no velho continente. Serpentes que, por incompetência e imprevisibilidade, depois da intervenção na Líbia, a OTAN e os EUA não conseguiram manter sob controle.
Os Estados Unidos podem, pelo arbítrio da força a eles concedida por suas armas e as de aliados - quando não são impedidos pelos BRICS ou pela comunidade internacional - se empenhar em destruir e inviabilizar pequenas nações - que ainda há menos de cem anos lutavam desesperadamente por sua independência - para tentar estabelecer seu controle sobre elas, seu povo e seus recursos, objetivo que, mesmo assim, nunca conseguiram alcançar militarmente.
Mas não podem cometer esses crimes e esses equívocos, diplomáticos e de inteligência, e dizer, cinicamente, que o fizeram em nome da defesa da Liberdade e da Democracia.
Assim como não deveriam armar bandidos sanguinários e assassinos para combater governos que querem derrubar, e depois dizer que são contra o terrorismo que eles mesmos ajudaram a fomentar, quando esses mesmos terroristas, além de explodir bombas e matar pessoas em Bagdá, Damasco ou Trípoli, todos os dias, passam a fazer o mesmo nas ruas das cidades da Europa ou dos próprios Estados Unidos.
O "terrorismo" islâmico não nasceu agora.
Mas antes da balela mortífera da Primavera Árabe, e da Guerra do Iraque, que levou à destruição do país, com a mentirosa desculpa da posse, por Saddam Hussein, de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas - tão falsa quanto o pretexto do envolvimento de Bagdá no ataque às Torres Gêmeas, executado por cidadãos sauditas, e não líbios, sírios ou iraquianos - não havia bandos armados à solta, sequestrando, matando e explodindo bombas nesses 3 países.
Hoje, como resultado da desastrada e criminosa intervenção ocidental, o terror do Estado Islâmico, o ISIS, controla boa parte dos territórios e da sofrida população síria, iraquiana e líbia, e, a partir deles, está unindo suas conquistas em torno da construção de uma nação maior, mais poderosa, e extremamente mais radical do ponto de vista da violência e do fundamentalismo, do que qualquer um desses países jamais o foi no passado.
O ataque terrorista à redação e instalações do semanário francês Charlie Hebdo, e do Mercado Kosher, em Vincennes, Paris, foram crimes brutais e estúpidos.
Mas não menos brutais, e estúpidos, do que os atentados cometidos, todos os dias, contra civis inocentes, entre muitos outros lugares, como a Síria, o Iraque, a Líbia, o Afeganistão.
Quem quiser encontrar as sementes do caos que também atingiram, em forma de balas, os corpos dos mortos do Charlie Hebdo poderá procurá-las no racismo de um continente que acostumou-se a pensar que é o centro do mundo, e que discrimina, persegue e despreza, historicamente, o estrangeiro, seja ele árabe, africano ou latino-americano; e no fundamentalismo branco, cristão e rançoso da direita e da extrema direita norte-americanas, cujos membros acreditam piamente que o Deus vingador da Bíblia deu à "América" do Norte o "Destino Manifesto" de dirigir o mundo.
Em nome dessa ilusão, contaminada pela vaidade e a loucura, países que se opuserem a isso, e milhões de seres humanos, devem ser destruídos, mesmo que não haja nada para colocar em seu lugar, a não ser mais caos e mais violência, em uma espiral de destruição e de morte, que ameaça a sobrevivência da própria espécie e explode em ódio, estupidez e sangue, como agora, em Paris, neste começo de ano.
(Hoje em Dia) - O CONARE, do Ministério da Justiça, informa que, em 2014, aumentou em três vezes a concessão de refúgio pelo Brasil, para 2.320 estrangeiros beneficiados, com relação ao ano anterior. A maior parte dos refúgios foi concedida para sírios, seguidos de libaneses, devido à caótica situação vivida pelo Oriente Médio e o Norte da África, depois a esparrela da “Primavera Árabe”, que só gerou golpes, destruição e morte na região.
Historicamente, depois, agora, da Síria, o segundo país com mais refugiados no Brasil, é a Colômbia, e o terceiro, Angola.
No caso de países árabes que se encontram assolados por guerras civis promovidas direta e indiretamente pela Europa e os Estados Unidos, como o Iraque, a Líbia e a própria Síria, com milhões de refugiados tentando sobreviver em campos improvisados em territórios de países vizinhos e muitas vezes, hostis, a questão da concessão de refúgio por nosso país é fundamental, urgente e humanitária.
Com relação à América Latina, há alguns países em que conflitos com a guerrilha e a reação a ela por parte de milícias paramilitares, também coloca em risco, centenas, senão, milhares de pessoas, mas, nesse caso, em muitos países, como a Colômbia, que é membro do Mercosul, basta ao cidadão solicitar residência provisória no Brasil, assim como, por reciprocidade, qualquer cidadão brasileiro pode fazer o mesmo, se quiser residir permanentemente em países como o Chile, o Uruguay e a Argentina.
Outra é a situação de países como o Haiti, que já enviou, ilegalmente, nos últimos anos, mais de 30 mil emigrantes “econômicos” para o Brasil, que, depois de pagar pequenas fortunas a “coyotes” para cruzar o Equador e o Peru, e atravessar a fronteira, recebem automaticamente autorização de residência e de trabalho, e de Angola, por exemplo.
A Guerra Civil angolana, que opôs o MPLA - Movimento Popular para a Libertação de Angola (no poder), à UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), hoje o principal partido de oposição, terminou em 2002. Dois anos antes, em 2000, já havia sido firmado um acordo de paz com a FLEC - Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, que defende a independência da região da qual sai a maior parte da produção angolana de petróleo. Perto da atual situação vivida pela Síria, pelo Iraque e pela Líbia, Angola é, com todos seus eventuais problemas, um paraíso, que não vive mais uma situação de conflito, conta com eleições e partidos de oposição regulares, e cresce a uma média de cerca de 7% ao ano.
Em nossa história, plena de golpes e ditaduras, muitos brasileiros encontraram refúgio em outros países, escapando da morte, da tortura e da perseguição. Nos alegra saber que, hoje, podemos retribuir essa generosidade, recebendo homens, mulheres e crianças do mundo inteiro, e também de países árabes e africanos que há muito já fazem parte da alma brasileira.
(Hoje em Dia) - Nos últimos tempos fez fama na internet a imagem de uma suástica no fundo de uma piscina, no quintal de uma casa de Pomerode.
Seu proprietário foi identificado, posteriormente, como o professor Wandercy Pugliese, que dá aulas em “cursinhos” na região, e já teve vasta coleção de objetos de inspiração nazista apreendidos pela polícia em sua casa, na década de 1990.
Agora, surge a informação de que um Comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi exonerado de seu cargo pelo Secretário de Segurança José Beltrame, por trocar mensagens de cunho nazista com outros oficiais e subordinados pelo What’ s Up e defender, jocosamente, o assassinato de manifestantes.
Resgatando o Sigma, símbolo do Integralismo, existe uma página, no Facebook, do "Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Brasileiros", tradução literal do "Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei," o Partido Nazista alemão de Adolf Hitler.
O mesmo Sigma pode ser encontrado em sites integralistas, como o do Movimento Integralista e Linearista Brasileiro, ou da SENE - Sociedade de Estudos do Nacionalismo Espiritualista, e no peito do Galo Tupã, "mascote" da doutrina, pisando o verme “comunista-liberal" que ameaça o Brasil.
Filhote do fascismo, e semelhante ao nazismo, a Ação Integralista Brasileira, chefiada por Plínio Salgado, a exemplo das doutrinas que a inspiraram, não se dizia, malandramente, nem como de "direita", nem de "esquerda".
Com “Deus, Pátria, Família”, como slogan, ela chegou a contar com dezenas de milhares de simpatizantes no Brasil, até uma frustrada tentativa de golpe contra Getúlio Vargas, em 10 de maio de 1938, quando foi proibida e colocada na clandestinidade.
Hoje, os integralistas tentam reviver, a partir da internet, por meio da FIB - Frente Integralista Brasileira, que organiza congressos e palestras, e também de outros grupos, sites e fóruns como os que já citamos antes.
O nazismo tupiniquim, tão ridículo quanto absurdo, quando defendido e praticado em uma das nações mais miscigenadas e universais do mundo, está presente também nos bandos de skinheads que agridem verbal e fisicamente, judeus, nordestinos, negros e homossexuais, principalmente em São Paulo e na Região Sul do país.
Em tempos de ressurreição do discurso anticomunista, que insiste em colocar comunismo e nazismo no mesmo saco, embora o primeiro nunca tenha construído câmaras de gás e fornos crematórios, ou perseguido alguém por critérios raciais, e tenha combatido e derrotado implacavelmente o segundo, da memorável Batalha de Stalingrado, até o suicídio de Hitler em seu bunker, para não ser capturado e julgado pelos soviéticos, em 1945, nunca é demais lembrar que o nazismo deve ser combatido sempre que apontar a cabeça para fora do esgoto da História.
Mesmo quando apenas simbólicos, os ovos da serpente devem ser esmagados ainda no ninho, para que não possam germinar nem eclodir.
(Hoje em Dia) - O Brasil acaba de anunciar a venda para o Líbano de 80 tanques Guarani, fabricados, sob licença do Exército Brasileiro - a quem pertence o desenho - na fábrica da IVECO da cidade de Sete Lagoas, Minas Gerais.
Nos últimos 4 anos, o Brasil fechou a compra de 2.000 blindados, 36 caças e 4 submarinos, entre eles o nosso primeiro submergível de propulsão nuclear.
No caso dos caças da FAB, que em sua maioria serão fabricados em nosso país, o Brasil ficará responsável pelo desenvolvimento de 40% do projeto do Gripen NG BR, e a Suécia, sede da SAAB, por 60%.
No dia 12 de dezembro, foi inaugurado o Estaleiro de Construção de Submarinos, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A tecnologia para a forja das secções dos cascos, pela NUCLEP, é francesa, e a do reator atômico do submarino nuclear, brasileira.
Além disso, nos últimos anos, foram desenvolvidos, e entraram em fabricação, os radares da linha SABER, da BRADAR; o novo Sistema Astros 2020, destinado à artilharia do Exército e aos fuzileiros navais, que lança desde mísseis de saturação a um míssil de cruzeiro, com alcance de 300 quilômetros; a nova família de fuzis de assalto IA-2, totalmente desenvolvida no Brasil, e fabricada em Itajubá, pela IMBEL; foi alcançada a remotorização, também 100% nacional, dos motores dos mísseis navais tipo Exocet, pela Marinha; a Helibras, também em Itajubá, aumentou a nacionalização de seus helicopteros destinados à aviação militar; a FAB e a EMBRAER concluíram o desenvolvimento do Cargueiro Militar KC-390, o maior avião já construído no Brasil, cujo rollout foi feito em outubro, e que deve voar no início de 2015; e o Brasil está desenvolvendo, em parceria com a África do Sul (Avibras-Mectron-Denel), o míssil ar-ar A-Darter, para uso nos novos caças Gripen NG-BR.
É importante saudar e comemorar a primeira encomenda de exportação de nossos tanques Guarani, para o Líbano, país em que o Brasil comanda, desde 2011, a UNIFIL, Força de Paz das Nações Unidas, e no qual moram cerca de 10.000 brasileiros.
Além de ser o batismo de fogo do produto no mercado internacional essa venda certamente contribuirá para a consolidação do processo de fabricação e para a geração de novos empregos em Sete Lagoas.
Na área de Defesa, no entanto, principalmente na hipótese de conflito, nem sempre se pode confiar - como tão bem ficou demonstrado no caso da Argentina na Guerra das Malvinas - em parceiros estrangeiros.
Na fabricação de navios, aviões, helicópteros e também blindados, é preciso avançar no aumento do conteúdo nacional.
Hoje, peças de aço e de outros metais já podem ser fabricadas com o uso da impressão 3D, ou outros sistemas de clonagem e prototipagem rápida. E, no caso de hardware, é preciso promover a fabricação sob licença em território nacional, para evitar a importação de peças sem as quais nossas linhas de fabricação ficariam paralisadas em caso de guerra
(Jornal do Brasil) - Inaugura-se, nesta quinta-feira, novo ano do Calendário Gregoriano, o de número 2015 após o nascimento de Jesus Cristo, 515, depois do Descobrimento, 193, da Independência, e 125, da Proclamação da República.
Tais referências cronológicas ajudam a lembrar que nem o mundo, nem o Brasil, foram feitos em um dia, e que estamos aqui como parte de longo processo histórico que flui em velocidade e forma muitíssimo diferentes daquelas que podem ser apreendidas e entendidas, no plano individual, pela maioria dos cidadãos brasileiros.
Ao longo de todo esse tempo, e mesmo antes do nascimento de Cristo, já existíamos, lutávamos, travávamos batalhas, construíamos barcos e pirâmides, cidades e templos, nações e impérios, observávamos as estrelas, o cair da chuva, o movimento do Sol e da Lua sobre nossas cabeças, e o crescimento das plantas e dos animais.
Em que ponto estamos de nossa História ?
Nesta passagem de ano, somos 200 milhões de brasileiros, que, em sua imensa maioria, trabalham, estudam, plantam, criam, empreendem, realizam, todos os dias.
Nos últimos anos, voltamos a construir navios, hidrelétricas, refinarias, aeroportos, ferrovias, portos, rodovias, hidrovias, e a fazer coisas que nunca fizemos antes, como submarinos - até mesmo atômicos - ou trens de levitação magnética.
Desde 2002, a safra agrícola duplicou - vai bater novo recorde este ano - e a produção de automóveis, triplicou.
Há 12 anos, com 500 bilhões de dólares de PIB, devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI, tínhamos uma dívida líquida de mais de 50%, e éramos a décima-quarta economia do mundo.
Hoje, com 2 trilhões e 300 bilhões de dólares de PIB, e 370 bilhões de dólares em reservas monetárias, somos a sétima maior economia do mundo. Com menos de 6% de desemprego, temos uma dívida líquida de 33%, e um salário mínimo, em dólares, mais de três vezes superior ao que tínhamos naquele momento.
De onde vieram essas conquistas?
Do suor, da persistência, do talento e da criatividade de milhões de brasileiros. E, sobretudo, da confiança que temos em nós mesmos, no nosso trabalho e determinação, e no nosso país.
Não podemos nos iludir.
Não estamos sozinhos neste mundo. Competimos com outras grandes nações, que conosco dividem as 10 primeiras posições da economia mundial, por recursos, mercados, influência política e econômica, em escala global.
Não são poucos os países e lideranças externas, que torcem para que nossa nação sucumba, esmoreça, perca o rumo e a confiança, e se entregue, totalmente, a países e regiões do mundo que sempre nos exploraram no passado - e ainda continuam a fazê-lo - e que adorariam ver diminuída a projeção do Brasil sobre áreas em que temos forte influência geopolítica, como a África e a América Latina.
Nosso espaço neste planeta, nosso lugar na História, foi conquistado com suor e sangue, por antepassados conhecidos e anônimos, entre outras muitas batalhas, nas lutas coloniais contra portugueses, holandeses, espanhóis e franceses; na Inconfidência Mineira, e nas revoltas que a precederam como a dos Beckman e a de Filipe dos Santos; nas Conjurações Baiana e Carioca, na Revolução Pernambucana; na Revolta dos Malês e no Quilombo de Palmares; na Guerra de Independência até a expulsão das tropas lusitanas; nas Entradas e Bandeiras, com a Conquista do Oeste, da qual tomaram parte também Rondon, Getúlio e Juscelino Kubitscheck; na luta pela Liberdade e a Democracia nos campos de batalha da Europa, na Segunda Guerra Mundial.
As passagens de um ano para outro, deveriam servir para isso: refletir sobre o que somos, e reverenciar patriotas do passado e do presente.
Brasileiros como os que estão trabalhando, neste momento, na selva amazônica, construindo algumas das maiores hidrelétricas do mundo, como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio; como os que vão passar o réveillon em clareiras no meio da floresta, longe de suas famílias, instalando torres de linhas de alta tensão de transmissão de eletricidade de centenas de quilômetros de extensão; ou os que estão trabalhando, a dezenas de metros de altura, em nossas praias e montanhas, montando ou dando manutenção em geradores eólicos; ou os que estão construindo gigantescas plataformas de petróleo com capacidade de exploração de 120.000 barris por dia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, como as 9 que foram instaladas este ano; ou os que estão construindo novas refinarias e complexos petroquímicos, como a RENEST e o COMPERJ, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; ou os que estão trabalhando na ampliação e reforma de portos, como os de Fortaleza, Natal, Salvador, Santos, Recife, ou no término da construção do Superporto do Açu, no Rio de Janeiro; ou os técnicos, oficiais e engenheiros da iniciativa privada e da Marinha que trabalham em estaleiros, siderúrgicas e fundições, para construir nossos novos submarinos convencionais e atômicos, em Itaguaí; os técnicos da AEB - Agência Espacial Brasileira, e do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que acabam de lançar, com colegas chineses, o satélite CBERS-4, com 50% de conteúdo totalmente nacional; os que trabalham nas bases de lançamento espacial de Alcântara e Barreira do Inferno; os oficiais e técnicos da Aeronáutica e da Embraer, que se empenham para que o primeiro teste de voo do cargueiro militar KC-390, o maior avião já construído no Brasil, se dê com sucesso e dentro dos prazos, até o início de 2015; os operários da linha de montagem dos novos blindados do Exército, da família Guarani, em Sete Lagoas, Minas Gerais, e os engenheiros do exército que os desenvolveram; os que trabalham na linha de montagem dos novos helicópteros das Forças Armadas, na Helibras, e os oficiais, técnicos e operários da IMBEL, que estão montando nossos novos fuzis de assalto, da família IA-2, em Itajubá; os que produzem novos cultivares de cana, feijão, soja e outros alimentos, nos diferentes laboratórios da EMBRAPA; os que estão produzindo navios com o comprimento de mais de dois campos de futebol, e a altura da Torre de Pisa, como o João Candido, o Dragão do Mar, o Celso Furtado, o Henrique Dias, o Quilombo de Palmares, o José Alencar, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; os que estão construindo navios-patrulha para a Marinha do Brasil e para marinhas estrangeiras como a da Namíbia, no Ceará; os engenheiros que desenvolvem mísseis de cruzeiro e o Sistema Astros 2020 na AVIBRAS; os que estão na Suécia, trabalhando, junto à Força Aérea daquele país e da SAAB, no desenvolvimento do futuro caça supersônico da FAB, o Gripen NG BR, e na África do Sul, nas instalações da DENEL, e também no Brasil, na Avibras, na Mectron, e na Opto Eletrônica, no projeto do míssil ar-ar A-Darter, que irá equipá-los; os nossos soldados, marinheiros e aviadores, que estão na selva, na caatinga, no mar territorial, ou voando sobre nossas fronteiras, cumprindo o seu papel de defender o país, que precisam dessas novas armas; os pesquisadores brasileiros das nossas universidades, institutos tecnológicos e empresas privadas, como os que trabalham ITA e no IME, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, ou no projeto de construção e instalação do nosso novo Acelerador Nacional de Partículas, no Projeto Sirius, em São Paulo; os técnicos e engenheiros da COPPE, que trabalham com a construção do ônibus brasileiro a hidrogênio, com tubinas projetadas para aproveitar as ondas do mar na geração de energia, com a construção da primeira linha nacional de trem a levitação magnética, com o MAGLEV COBRA; nossos estudantes e professores da área de robótica, do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, várias vezes campeões da Robogames, nos Estados Unidos.
Neste momento, é preciso homenagear esses milhões de compatriotas, afirmando, mostrando e lembrando - e eles sabem e sentem profundamente isso - que o Brasil é muito, mas muito, muitíssimo maior que a corrupção.
É esse sentimento, que eles têm e dividem entre si e suas famílias, que faz com que saíam para trabalhar, com garra e determinação, todos os dias, cheios de orgulho pelo que fazem, e pelo nosso país.
E é por causa dessa certeza, que esses brasileiros estão se unindo e vão se mobilizar, ainda mais, em 2015, para proteger e defender as obras, os projetos e programas em que estão trabalhando, lutando, no Congresso, na Justiça, e junto à opinião pública, para que eles não sejam descontinuados, destruídos, interrompidos, colocando em risco seus empregos, sua carreira, e a sobrevivência de suas famílias.
Eles não têm tempo para ficar teclando na internet, mas sabem que não são bandidos, que não cometeram nenhum crime e que não merecem ser punidos, direta ou indiretamente, por atos dos quais não participaram, assim como a Nação não pode ser punida pelos mesmos motivos.
Eles têm a mais absoluta certeza de que a verdadeira face do Brasil pode ser vista nesses projetos e empresas - e no trabalho de cada um deles - e não na corrupção, que se perpetua há anos, praticada por uma ínfima e sedenta minoria. E intuem que, às vezes, na História, a Pátria consegue estabelecer seus próprios objetivos, e estes conseguem se sobrepor aos interesses de grupos e segmentos daquele momento, estejam estes na oposição ou no governo.