O BRASIL, OS GUARANIS E O LÍBANO.
(Hoje em Dia) - O Brasil acaba de anunciar a venda para o Líbano de 80 tanques Guarani, fabricados, sob licença do Exército Brasileiro - a quem pertence o desenho - na fábrica da IVECO da cidade de Sete Lagoas, Minas Gerais.
Nos últimos 4 anos, o Brasil fechou a compra de 2.000 blindados, 36 caças e 4 submarinos, entre eles o nosso primeiro submergível de propulsão nuclear.
No caso dos caças da FAB, que em sua maioria serão fabricados em nosso país, o Brasil ficará responsável pelo desenvolvimento de 40% do projeto do Gripen NG BR, e a Suécia, sede da SAAB, por 60%.
No dia 12 de dezembro, foi inaugurado o Estaleiro de Construção de Submarinos, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A tecnologia para a forja das secções dos cascos, pela NUCLEP, é francesa, e a do reator atômico do submarino nuclear, brasileira.
Além disso, nos últimos anos, foram desenvolvidos, e entraram em fabricação, os radares da linha SABER, da BRADAR; o novo Sistema Astros 2020, destinado à artilharia do Exército e aos fuzileiros navais, que lança desde mísseis de saturação a um míssil de cruzeiro, com alcance de 300 quilômetros; a nova família de fuzis de assalto IA-2, totalmente desenvolvida no Brasil, e fabricada em Itajubá, pela IMBEL; foi alcançada a remotorização, também 100% nacional, dos motores dos mísseis navais tipo Exocet, pela Marinha; a Helibras, também em Itajubá, aumentou a nacionalização de seus helicopteros destinados à aviação militar; a FAB e a EMBRAER concluíram o desenvolvimento do Cargueiro Militar KC-390, o maior avião já construído no Brasil, cujo rollout foi feito em outubro, e que deve voar no início de 2015; e o Brasil está desenvolvendo, em parceria com a África do Sul (Avibras-Mectron-Denel), o míssil ar-ar A-Darter, para uso nos novos caças Gripen NG-BR.
É importante saudar e comemorar a primeira encomenda de exportação de nossos tanques Guarani, para o Líbano, país em que o Brasil comanda, desde 2011, a UNIFIL, Força de Paz das Nações Unidas, e no qual moram cerca de 10.000 brasileiros.
Além de ser o batismo de fogo do produto no mercado internacional essa venda certamente contribuirá para a consolidação do processo de fabricação e para a geração de novos empregos em Sete Lagoas.
Na área de Defesa, no entanto, principalmente na hipótese de conflito, nem sempre se pode confiar - como tão bem ficou demonstrado no caso da Argentina na Guerra das Malvinas - em parceiros estrangeiros.
Na fabricação de navios, aviões, helicópteros e também blindados, é preciso avançar no aumento do conteúdo nacional.
Hoje, peças de aço e de outros metais já podem ser fabricadas com o uso da impressão 3D, ou outros sistemas de clonagem e prototipagem rápida. E, no caso de hardware, é preciso promover a fabricação sob licença em território nacional, para evitar a importação de peças sem as quais nossas linhas de fabricação ficariam paralisadas em caso de guerra
Prezado Mauro,
ResponderExcluirDo trecho "...não temos bases militares fora do nosso território, não colaboramos com os EUA em sua política de expansão e manutenção de uma certa "ordem" ocidental e imperial,...". Devo lembrar que, sim, temos bases no estrangeiro e colaboramos, sim, com os EUA na vergonhosa ocupação do Haiti. E que, secundariamente, tem servido como uma escola de repressão e opressão em nossos domésticos "haitis". Grato por sua atenção, Marco Rocio, Rio de Janeiro
Basta a ABIN pesquisar os falsos endereços eletrônicos de nomes bem aportuguesas e falsamente revoltados para ver que a CIA está por trás da maioria dos "escândalos" apenas notificados por "procuradores".
ResponderExcluir