(Jornal do Brasil) - Contrariando a tese da Operação Lava-a-Jato, da qual emana o
discurso de que houve um conluio para a “criminosa” obtenção de obras para empresas
nacionais de engenharia no exterior, com o “criminoso” financiamento do BNDES,
para a “criminosa” geração de milhares de empregos, dentro do Brasil, em
milhares de “criminosas” pequenas e médias empresas e fornecedores, para a “criminosa”
exportação de serviços e produtos, para “criminosas” obras no exterior, como o “criminoso”
Porto de Mariel, em Cuba – que os hitlernautas
não perdoam a uma das maiores empresas do país – mesmo com o seu principal
executivo, preso, há quatro meses, e ameaçado de permanecer indefinidamente na
cadeia, a Organização Odebrecht acaba de vencer, em parceria equitativa com a
espanhola Acciona, o edital de licitação de construção do “bolivariano” metrô
de Quito, no Equador, sem a necessidade de nem um centavo de financiamento de
bancos privados ou governamentais brasileiros.
Como já mostramos em longo texto neste ano, que desmente a
tese de “comunistização” da Odebrecht, ou de sua dependência do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social A Odebrecht e o BNDES o Brasil financia menos de 10% de sua carteira de contratos, em todo o mundo; e
a Odebrecht, longe de ser “bolivariana” está fortemente implantada em Miami e nos
EUA, o país – ao menos em tese - mais capitalista do mundo.
Isso faz dela, no lugar de uma empresa dependente do governo
brasileiro, ou de “consultorias” do PT, ou de ex-presidentes da República, uma organização
cada vez mais global, que tenderá a se afastar, também, cada vez mais do país
que lhe deu origem, diante do clima de terror absurdo, kafkiano, imposto por
uma Justiça e um Ministério Público, algumas vezes inexperientes – e outras
vezes com “experiência” demais - messiânicos e seletivos, que se transformaram
na matriz midiática de um novo Plano
Cohen, marcado pela contaminação de vastas parcelas da sociedade pelo ódio
ideológico, o preconceito, a virulência, a discriminação, pelo vira-latismo antinacional,
a desqualificação e o vilipêndio de tudo o que for brasileiro, como ocorre também,
por exemplo, com a Petrobras.
A intenção de desmontar e de desnacionalizar a engenharia brasileira,
claramente espelhada em alguns aspectos da Operação Mani Pulite, que serve tanto de biombo, quanto de inspiração à Operação
Lava-a-Jato, e pelas incursões do Ministro Levy pelo tema, defendendo a entrada
de empresas estrangeiras de engenharia no Brasil sem nenhum tipo de restrição
ou reciprocidade por parte de seus países de origem; a paralisação de dezenas de
projetos e a eliminação de milhares de vagas, com a quebra de dezenas de pequenas e médias empresas, sob o pretexto de um combate à corrupção que no final resultará no
parto de um rato, na hora de se computarem as somas A Petrobras e o Domínio do Boato efetivamente e
inequivocamente, comprovadamente, aritmeticamente encontradas, de desvios, preto
no branco - não valem multas subjetivas ou quantias fantasiosas que saem da boca
de delegados e procuradores e de uma mídia em grande parte comprometida em
alimentar essa campanha - terão, como seu resultado, absurdo e paradoxal, o fim
da engenharia brasileira em território nacional.
Mas nossas grandes empresas continuarão – mesmo depois de
deixar um país contaminado pelo ódio e pela ignorância – a trabalhar e a vencer
no exterior.
Esse é o caso, emblemático, da Odebrecht - e do seu
presidente, que vem resistindo à pressão para não se curvar ao que considera uma
gigantesca farsa - uma empresa avançada, respeitada e vitoriosa lá fora, que gera dezenas
de milhares de empregos e bilhões de dólares em negócios em vários países do
mundo, mas que está sendo tratada, neste momento, como um bando de empesteados
e de marginais, por parte de alguns segmentos da justiça, e pela camada mais manipulada,
ignorante e rançosa, da opinião pública nacional.