(Jornal do Brasil) - A prisão de cinco policiais militares no Rio, após execução de um suspeito de 17 anos no Morro da providência, e de 5 também PMs em São Paulo, após outra execução, em pleno luz do dia, nas ruas do Butantã, ambas com a "plantação" de "velas" - armas apreendidas com numeração raspada - nas mãos das vítimas, para simular confronto, prova: contra a violência policial - e também a do tráfico - não existe remédio melhor do que câmeras de segurança escondidas.
Mais barata do que qualquer campanha ou mobilização, uma simples webcam de 30 reais, ligada a um computador, camuflada em uma casa de pombo ou em uma antena de televisão no telhado, ou um aparelho de celular ligado, nas mãos de um usuário hábil, em uma fresta de janela, pode fazer mais do que dezenas de testemunhas para esclarecer um crime.
As comunidades - e as organizações não governamentais e outras instituições de combate à violência, do Rio de Janeiro e de todo o país - deveriam se organizar coletivamente para coletar dinheiro e gastar o que fosse possível nesse tipo de aparelho, que acabariam servindo, ao longo do tempo, também para inibir a execução de novos crimes.
Só assim vai ser possível diminuir, a médio prazo, a impunidade e o genocídio derivado, entre outras coisas, da invasão ostensiva de áreas menos favorecidas das grandes cidades brasileiras, da cultura da aplicação sumária e ilegal da pena de morte contra suspeitos de crimes, e da guerra das drogas em nosso país - enquanto, neste último aspecto, a legislação não avança nesse sentido.
2 comentários:
A PMERJ é podre e as autoridades brasileiras compactuam com o crime organizado e seguem a cartilha Reaganista de "Guerra as drogas" há 40 anos.
Espero viver pra ver o RJ desmilitarizado e com uma política de narcóticos moderna.
Concordo com Anônimo.
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