Carta Maior - A exemplo de Marcelo
Odebrecht, agora guindado em certos espaços da imprensa brasileira, de
bilionário símbolo da livre-iniciativa continental - com avultados negócios nos
EUA - a um dos financiadores de uma pseudo conspiração comunista internacional
formada para tomar, seguindo ordens do Foro de São Paulo, o poder em várias
nações da África e da América Latina, Jorge Gerdau está pagando o preço de ter
se aproximado do governo, como Presidente da Câmara de Políticas de Gestão,
Desempenho e Competitividade do Conselho de Governo da Presidência da
República.
Seu filho, André Gerdau,
diretor-presidente do Grupo Gerdau, foi alvo de um mandato de condução
coercitiva há poucos dias.
Apesar de o Grupo ter apenas recebido
autos de infração e ter recorrido ao CARF, na forma da lei, sem sucesso ainda,
segundo seus advogados, a empresa foi “visitada” por agentes federais, foram
cumpridos 40 mandados (18 de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva)
relativos a ela, e teve que adiar – para evitar a “contaminação” pelo fato –
para o dia 15 de março a publicação de seu balanço, com as informações
financeiras padronizadas, as demonstrações anuais completas, além da realização
da teleconferência prevista para apresentação dos resultados relativos ao exercício
de 2015.
O recado subliminar por trás disso
é claro:
Todo grande empresário brasileiro
que ousar conviver civilizadamente com
governos nacionalistas ou “populistas” em nosso continente – vide o que está
ocorrendo, ainda mais uma vez, com a Odebrecht, por causa de suas obras ao sul
da fronteira do México com os Estados Unidos, não interessando que tenha
erguido metade de Miami, construindo obras como o estádio, o metrô suspenso e
parte do aeroporto e do porto daquela cidade -
vai pagar, de alguma forma, pela “traição” cometida.
E aprenderá, doravante, não apenas a
pensar duas vezes antes de se aproximar de governos rotulados como de esquerda,
mas também a fugir – como o diabo da cruz - de qualquer contato com essa
“gentalha”.
A questão não é saber se a Gerdau, um
dos principais grupos siderúrgicos das Américas, também com negócios nos
Estados Unidos, sonegou ou não impostos, ou repassou propina a conselheiros do
CARF – se o fez, que pague por isso - mas por que André Bier Gerdau Johannpeter
foi o primeiro – pelo menos até agora – grande empresário a ter sido intimado
coercitivamente a depor no âmbito da Operação Zelotes, expondo-se ao pelourinho da execração pública (vide os
comentários derivados do fato na internet) quando se considera que, entre 2004
e 2015, passaram pelas mãos dos conselheiros do CARF decisões do julgamento de
dívidas contestadas no valor de mais de quinhentos bilhões de reais, com a
concessão de “perdão” por esses conselheiros, a outras empresas, em montantes
maiores do que está sendo “investigado” nesse caso específico.
A pergunta que não quer calar é a
seguinte: por que no lugar de ficar prejudicando mais uma empresa-símbolo da
indústria nacional, arrebentando, em
nefasto efeito cascata, com a vida de milhares de acionistas e com milhares de
trabalhadores e suas famílias, o Ministério Público não começa pelos maiores
sonegadores eventualmente envolvidos, usando como um dos principais critérios,
o quantitativo?
Alega-se para justificar a
“operação”, que teriam sido sonegados – não há provas disso até agora - 1.5
bilhão em impostos pela Gerdau.
No caso do Santander – um banco
estrangeiro que já foi acusado de uma série de irregularidades em seu país de
origem ´- a quantia “perdoada” por conselheiros do CARF, em apenas uma
oportunidade, foi de quase 4 bilhões de reais, mas ninguém foi conduzido,
coercitivamente, a depor, por causa disso.
Será que é por que a intenção - a
exemplo do que ocorre no âmbito da Operação Lava-Jato e com o atraso no
julgamento do escândalo do metrô e dos trens em São Paulo – parece ser acabar
com o capital nacional, destroçando, institucionalmente, as principais empresas
brasileiras, enquanto se trata as multinacionais estrangeiras com luvas de
pelica?
Além de seu “perdão” ter sido bem
maior do que o supostamente atribuído à
Gerdau, o Santander têm pelo menos duas
“vantagens” a mais para atrair - seguindo a nova orientação estratégica
do judiciário brasileiro – a atenção da mídia : há várias e boas fotos –
sorridentes - do falecido fundador do grupo, o Sr. Emílio Botín, com a
Presidente Dilma.
E, assim como o uniforme da “Fúria”, a estrela
do PT, os bólidos da Ferrari, os maços de Marlboro e as “capas” e “muletas” que
dançam nas mãos dos toureiros e enfurecem certos quadrúpedes, obcecados por
elas, chifrudos e bovinos, a marca do banco espanhol – ao contrário do que
ocorre com aquela do grupo Gerdau – ainda por cima é
vermelha, imaginem!
Essa gente que persegue Empresários, e a mesma que perseguia Jornalistas, Estudantes e Intelectuais, nos tempos da ditadura. Incrivel como até hoje, se mantém a serviço de interêsses espúrios e anti-nacionais. Hora de botar essa gente calhorda pra correr!
ResponderExcluirOs Juristas inventaram a Jurisprudência. Já nossa criativa oposição, inventou a jurisimprudência. Um engenhoso mecanismo, onde um porrête lhes acerta o quengo, a cada passo que dão. Impressionante. Pimba, toim, pimba toim..... Eh, eh, Haja verba pra novalgina!
ResponderExcluirCombater a SONEGAÇÃO e auditar a DÍVIDA PÚBLICA, nem pensar ... !!!
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