(Do blog com equipe) - Poucos dias depois da despedida de Alberto Dines, outro companheiro de incomensurável importância para o Brasil e para o jornalismo brasileiro, nosso amigo Audálio Dantas, nos deixou, ontem, a todos que amam este país, um pouco mais órfãos de nós mesmos.
Um de seus mais importantes gestos de amizade, mas não o último, foi nos dar a honra de receber das mãos de Juca Kfouri, em outubro de 2015, o Prêmio Especial Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que depois foi entregue, em mãos, na nossa casa em Brasília, em afetuosa visita da companheira Ana Flávia Marx.
Para Audálio Dantas e Alberto Dines, ficam estas palavras, que dormiram muito tempo na gaveta, desde que foram rabiscadas, entre “cañas” e “tapas”, em uma noite solitária, em um bar de Madrid, na década de 1980:
Los que luchan,
no parten.
Comparten.
El pan endurecido del coraje.
El pan endurecido del coraje.
La sangre que corre,
curtida en
odre de sudor y sal,
en sus venas solidarias.
Como el vino de uvas
veranas,
de soles antiguos,
paridas por la luz
del tiempo
insano
en la cara
de las montañas,
con prisa,
antes que la piedra
vuelva a ser arena,
serena,
en las orillas
de los horizontes.
Los que luchan,
no parten.
Brillan,
como el hidrógeno,
en el interior
de las estrellas.
Para donde vuelan,
como cohetes,
con la fuerza del inercial impulso
de su propio ímpetu.
Y pulsan,
en el corazón del futuro,
su memoria y su ejemplo.
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