Da equipe do blog - Atenção navegantes, principalmente os investidores do mercado de produção aeronáutica: o entreguismo é mau conselheiro e pode colocar em risco o bolso e a saúde empresarial.
Potencialmente acopladas ao futuro - e aos problemas - da Boeing, que estão se multiplicando com os últimos acontecimentos, as ações da Embraer caíram de 26 para menos de 20 dólares com relação a um ano atrás e voltaram a fechar em queda ontem no Bovespa e na Bolsa de Nova Iorque, acompanhando as ações da Boeing, que baixaram de 423 para 377 dólares nos últimos 5 dias.
Diz-me com quem andas e te direi quem és.
Com a queda de aparelhos do modelo 737 Max e sua proibição de vôo em mais de 40 países, no continente europeu e nos próprios EUA, os problemas da Boeing com relação à eventual perda de valor da companhia parecem estar apenas começando .
Uma lição para os acionistas que aprovaram a entrega da Embraer para a Boeing a preço de banana achando que estavam fazendo um excelente negócio e para os entreguistas tupiniquins que, de modo geral, acreditam estúpida e basicamente que basta repassar nossas empresas para os Estados Unidos para que, da noite para o dia, elas se transformem em ouro em pó.
Ao contrário da Boeing, a Embraer acaba de concluir o lançamento da nova versão de sua família de jatos de passageiros E-2, um produto campeão, vitorioso, com mais de 1500 aviões vendidos que nunca caíram como está ocorrendo agora com o novo avião da Boeing, cujas alterações tecnológicas parecem ter dado com os burros n'água (ou no ar, se preferirem).
Será que a situação da Boeing e os prejuízos bilionários que a esperam em caso de fracasso do 737 Max, com pedidos de indenização por parte de vítimas e de companhias aéreas que se sentirem prejudicadas pela proibição de uso do modelo, não seriam um aviso - um a mais - de que nem tudo que é bom para os EUA também é bom para o Brasil, quando não por acaso somos o terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos com mais de 250 bilhões de dólares herdados do PT emprestados ao Tio Sam?
Com a palavra os acionistas da Embraer que aprovaram a venda da empresa por miseráveis 5 bilhões de dólares para os gringos - entregando-lhes 80% da companhia quando o acordo da Bombardier com a Airbus foi praticamente na base de 50-50 - e que poderiam pensar em desembarcar desse negócio antes que ele empurre também a Embraer para o chão.
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