(Da equipe do blog) - Já não bastasse contar meias verdades à população, colocando na conta de dinheiro "recuperado" os recursos de multas leoninas, punitivas, aplicadas sem nenhum critério lógico, aleatoriamente, a empresas já castigadas pela espetacularização de seus processos, com seguidos vazamentos à imprensa "amiga", conduções coercitivas, prisões arbitrárias, a perder de vista, de seus executivos, a interrupção de suas obras, e o derretimento de seu valor de mercado , com o macartiniano intuito de pressioná-los a delatar terceiros, sob pena de ficar indefinidamente presos...
Já não bastasse a decretação estapafúrdia também sem nenhum critério lógico, de bloqueios judiciais fantasiosos, aleatórios, gigantescos, milionários, com o evidente objetivo de manter certa operação na mídia, e de dar a impressão, devido à mastodônica discrepância entre a quantia bloqueada e o dinheiro efetivamente disponível para o acusado - vide o bloqueio de 78 milhões de reais contra Lula quando ele jamais possuiu essa quantia e está tão bem de finanças a ponto de o neto de sete anos do ex-presidente ter morrido de infecção generalizada em um hospital público - para dar impressão à população de que a "fortuna" supostamente arregimentada ilegalmente pelo réu é centenas de vezes maior do que na realidade, jogando contra o acusado a opinião pública....
Já não bastasse a evidente concertação - para não dizer conspiração - estabelecida entre agentes públicos para obter resultados judiciais claramente políticos e interferir ilegalmente no processo eleitoral, influenciando, distorcendo e dirigindo o resultado de pleitos, até mesmo no nível presidencial....
Já não bastasse a "requentação" de fatos e acusações antigas contra os mesmos acusados e personalidades de sempre para manter, na base de factoides, a mesma operação na mídia, mesmo que essas prisões sejam ilegais e venham a ser quebradas em poucos dias com a libertação dos "acusados"....
A parte mais deteriorada, indubitavelmente parcial, descaradamente política, da justiça brasileira adotou também a estratégia de serializar a criação, contra seus desafetos, de processos paralelos e acusações correlatas em numero suficiente - a maior parte delas sem mais consistência de que a pseudo convicção de quem as lança ou denúncias sem nenhuma prova concreta de delatores "premiados" com intermináveis prisões preventivas - com a evidente intenção de que, mesmo que venham a provar sua inocência nas primeiras acusações, os "investigados", tal qual cordeiros da fábula de Jean de La Fontaine, sigam presos ad infinitum devido às novas acusações fabricadas em cascata, que serão feitas por lupinos procuradores quantas vezes sejam necessárias para condenar o acusado, de facto, a uma espécie de prisão perpétua, permanentemente enredado nas malhas da "justiça" mesmo que este tenha sido absolvido ou nada tenha se provado de forma inequívoca contra ele na maioria dos casos em pauta.
Ao interromper, nesta semana, o prosseguimento da aplicação dessa manjadíssima estratégia contra Lula, apelando justamente para o bom senso, e negando-se a passar recibo de idiota, o Juiz Ali Mazloum, da Sétima Vara Criminal Federal em São Paulo, honra o Judiciário e a sua biografia, deixando claro que, apesar da imensa pressão dos energúmenos, esse tipo de manobra não cola com qualquer magistrado.
Incomodada, a parte do Ministério Público envolvida com essa enésima acusação contra Lula diz que vai recorrer.
Pois que recorra.
A repetição dos mesmos e velhos ardis cada vez mais rasteiros, sórdidos e evidentes, não fará mais do que tornar ainda mais clara, aos olhos daqueles que não estão cegos pela egolatria, o ódio e o cinismo, a luz daquele ardente astro que Galileu ousou negar que girasse em torno da Terra, mesmo que muitos ainda insistam em tapá-lo com as esfrangalhadas peneiras da hipocrisia.
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